A Inteligência Artificial (IA) e a Justiça do Trabalho

O Conselho Superior de Justiça do Trabalho deu mais um passo buscando melhorar o andamento processual e auxílio aos profissionais de direito com a criação de uma inteligência artificial do próprio tribunal, o chat JT. Essa nova tecnologia, hodiernamente ainda é muito debatida, questões como o risco da utilização de uma IA na coleta de dados processuais, bem como a legitimidade de uma máquina dentro do ambiente judiciário, possíveis impactos laborais, entre outros desafios trazidos por essa ferramenta.


Tem sido cada dia menos espantoso o uso de ferramentas tecnológicas, em especial da Inteligência Artificial generativa, o uso dessa ferramenta tem sido estimulado nos tribunais administrativos e judiciais para melhorar e dar mais celeridade as análises dos processos e julgamento.
Entretanto, na justiça do trabalho, com a enorme quantidade de processos e o complexo trabalho dos profissionais do direito, o chat JT surge como uma ferramenta de grande ajuda, com um chat específico para o tribunal, o profissional através de comandos feitos pelo chat, pode obter sua resposta. O mesmo realiza desde pesquisas jurisprudências, trazendo a quantidade diversa de jugados sobre o tema filtrado, bem como resumos processuais, desde um resumo mais elaborado até resumos mais simplificados. Assim, mostrando-se um grande atalho para profissionais que tem o tempo, como seu grande aliado, servindo de auxílio, facilitando os procedimentos e potencializando os resultados.


Além disso, outra ferramenta essencial é a analise de documentos feito pela IA, assim, ajudando até mesmo no suporte organizacional e analista. O chat está disponível apenas para acesso no Brasil, tendo as pessoas que se encontram no exterior o acesso negado, em razão de muitos ataques cibernéticos serem feitos do exterior. Posteriormente, poderão acessar via VPN (Rede Privada Virtual ou “Virtual Private Network”. Os dados expostos no chat têm uma proteção específica, sendo de cuidado do próprio CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho). Cabe ressaltar, que as informações obtidas não serão utilizadas para treinamentos de IA, mantendo a confidencialidade dos dados para eficaz proteção, levando em consideração a lei geral de proteção de dados.

Algumas dicas são essências para a utilização eficaz do chat JT, fazendo com que ele atinja o objetivo pretendido pelo usuário.

1 Você não precisa de instruções detalhadas, já que a IA segue instruções curtas muito bem e de perto

É importante a pesquisa ser realizada de modo objetivo, sem desviar do tema pretendido.

2 Você ainda precisa do prompt DARE* para evitar sequestro

Para as perguntas maiores e utilização de grandes contextos, é importante a frase “a sua missão é essa e mais nada’’. Assim, objetivando a sua pergunta, afastando os desvios de possíveis questionamentos futuros previstos no texto que produzam uma resposta diferente do chat.

3 Você pode usar o aterramento para reduzir alucinações

O chat pode cometer alguns erros pois realiza treinos pela internet, ou seja, pode conter algumas informações erradas. Com isso, é importante usarmos um contexto para pergunta, utilizando até mesmo uma lei específica com base para realização da pergunta.

4 Evite exemplos negativos

É muito importante na hora de fazer a pergunta, não pedir o que você não quer, apenas direcione o seu pedido objetivamente, utilizando linguagem afirmativa.
Não use: evite, não faça, abstenha-se, etc.

5 Se preocupe com o problema ‘’Agulha no palheiro’’

Não passe informações excessivas para depois fazer uma pergunta específica.

6 Não utilize muitos exemplos

A utilização de exemplos pode atrapalhar a conclusão do seu objetivo, evite-os.

7 Use delimitadores e mantenha seus exemplos consistentes

A separação por tags pode facilitar na separação da sua resposta.
A utilização de chaves com o parêntese (texto), pode delimitar a sua resposta, utilizando a tag no começo e no final.

8 Não resolver tudo em um único prompt

O importante é ser objetivo. Caso queira, mais de uma coisa, faça em novo chat, assim, não sobrecarrega e nem gera uma resposta indesejável.


Documento elaborado por Guilherme Coutinho, estagiário de direito, supervisão do advogado Gabriel Siggelkow Guimarães.

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